O retorno do “AMIGO PRÓDIGO”.

13 04 2012

Tive um momento de epifania.

Talvez você já tenha escutado falar sobre a história do filho pródigo, história essa que trata da vida de um pai e dois filhos. O texto conta que um dos filhos, um certo dia pediu para o seu pai lhe dar a parte de sua herança que lhe era de direito, seu pai, com muita tristeza no coração assim o fez e o filho partiu. A história ainda conta o arrependimento do filho ao perder tudo e ser desprezado por todos que aproveitaram da sua herança. Depois de tanta decepção, o filho decide retornar para casa. Ao ver o filho retornando, o pai deixa tudo que está fazendo e corre para os braços do filho.

Bom, é aí onde veio o momento de epifania. Muitas pessoas pensam nessa história somente como o filho que se arrepende e volta para a casa do pai, traçando assim a relação que Deus tem conosco, pois quando saímos da casa dele e depois retornamos, ele nos aceita como estamos. A felicidade é tanta que a única coisa que o pai quer é celebrar. Porém o texto nos conta que o outro irmão fica indignado com o seu pai e não aceita do seu irmão ter recebido tamanha festa depois do que haveria feito. PARA! AÍ ESTÁ!

Talvez você não seja o filho pródigo que tenha se afastado do seu pai(Deus), ou até mesmo do que lhe fazia bem(Família e amigos), e depois de tantas desilusões tenha voltado sujo, perdido e sem nada, com  apenas a vergonha de reconhecer o quanto errou em ter partido e deixado os que lhe amavam para trás. Se você não é esse, certamente você tenha sido o filho mais velho do texto. Filho esse que não se conforma com a atitude do pai em receber de volta o seu irmão e muito menos de fazer uma festa para celebrar a volta do seu irmão. Olhe pra quantas vezes no seu dia a dia, você vê alguém arrependida dos seus erros e você é primeiro a dizer: “Não disse que ia dar tudo errado pra você”, “Eu? Ajudar ele? Quando eu avisei ele não me escutou, agora que ele pague pelas consequências das suas escolhas”, ou      “não te avisei, não te avisei”. Você sempre está mais preocupado em apontar os erros de quem um dia já foi tão importante na sua vida, do que celebrar pela volta de quem você ama.

Que tal ser um pouco do pai? Pai esse, que tão pouco se importa com o cheiro que o seu filho tinha aquele dia que ele voltou, que muito menos estava preocupado se sua roupa estava toda rasgada. Pai esse que tão pouco pergunta para o filho o que aconteceu para ele voltar, tão pouco o critica por ele ter ido embora, não cobra do filho o dinheiro de volta, e o mais importante, CELEBRA A SUA VOLTA. Está na hora de olhar para aqueles que retornam para casa do pai(Deus) e celebrar, ao invés de apontar. Está na hora de celebrar pelos que voltaram para nossas vidas, independente se eles comeram com os porcos, se eles fedem, se eles estão sujos e mais ainda envergonhados pelas suas escolhas erradas. Chegou a hora de amá-los, pois aquele que não conhece o amor, não conhece a Deus, porque Deus é AMOR.


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Uma resposta

15 04 2012
Thiago Balduino Caldeira

A gente é que colocou o nome da parábola de “filho pródigo”. Isso acaba por direcionar nosso entendimento da parábola apenas no filho arrependido. Quando Jesus propôs a parábola ele disse: “um homem tinha dois filhos”, e em nenhum momento usa o termo: “pródigo”. Jesus quis de fato dar uma lição maior que apenas a do filho que se arrepende, e por isso costurou uma história girando em torno do pai, do filho e do irmão. Muito bom esse texto. Espero que ele se espalhe e as pessoas tenham uma compreensão prática maior. 😉

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